EUA, Israel & Brasil: A Insustentável Leveza Política



Esta semana iremos abordar alguns exemplos de leveza política (aqui referidos como incongruência) que deveriam fazer qualquer ser humano, dotado de razão, interrogar-se acerca do tipo de pessoas que gerem as nossas vidas, a nível governamental. 

Incongruência #1
Em nome dos investimentos, das trocas comerciais, os políticos estão dispostos a sacrificar a identidade colectiva do seu país. 
As nações árabes são da opinião de que possuem uma identidade colectiva forte (baseada na religião Islâmica); e por essa razão exigem que as mulheres não-muçulmanas usem véus, chadors, niqabs etc sempre que visitem o seu país – aquelas que decidem viajar para esses países, sujeitam-se ao desrespeito (pela sua própria identidade) e obedecem a essa exigência. Mas o que é interessante é que os árabes não reciprocam o gesto quando vêm para o nosso lado do mundo e, porque investem imensamente nas nossas economias, acreditam que têm o direito de nos impor os seus costumes. Que tipo de problemas é que esta falta de reciprocidade gera? Gera choques culturais, tensões desnecessárias e (por último) violência.  
Fiquei chocada quando recentemente li que um iraquiano, que após muito sacrifício se juntou à sua família nos EUA, levou um tirou de um cidadão americano no meio da rua. Uma organização com ligações ao Hamas, CAIR, está a tentar relacionar este assassinato a um crime de ódio – no entanto a média não está a levar a história a sério, porquê? Primeiro, porque o CAIR é a voz de uma Organização Terrorista; segundo, porque este ataque pode ter sido o resultado de negligência política: se um líder político evita afirmar o óbvio, se ele se recusa a chamar as coisas pelos seus nomes, se ele dá a impressão de que favorece um grupo em detrimento de outro; então, é natural que se verifique um aumento de tensões e a ocorrência de actos violentos, porque as pessoas são capazes de somar dois mais dois e, ao se aperceberem que o seu líder está a tomar o rumo errado, elas podem querer fazer justiça pelas suas próprias mãos (Selah).

Incongruência #2
A América e Israel continuam a alimentar a mentira da “ocupação” - isto não faz sentido, principalmente quando a lei internacional claramente refuta tal teoria; logo, porquê repetir a mesma mentira incessantemente? Que interesses é que a perversão da verdade serve? 
O Prof. Eliav Shochteman, um perito de renome no campo da Lei Internacional, veio a público apoiar aquilo que muitos de nós têm vindo a dizer há anos: Israel não é uma Potência Ocupadora.

“Depois do Povo de Israel ter estado em exílio durante tantos anos, o seu direito de retornar à sua terra foi reconhecido. A tradução prática deste reconhecimento do direito do Povo Judeu à sua terra foi expressada no texto do Mandato Britânico para a Terra de Israel, no qual, a Britânia foi nomeada o executor do plano para estabelecer a nação histórica do Povo de Israel (...) Para além disto, de modo a garantir que o governo da Britânia implementaria de facto o plano, introduziu-se uma cláusula no texto do Mandato em que se dizia que o governo da Britânia estava proíbido de transferir qualquer território da Terra de Israel para uma soberania estrangeira.-- Prof. Shochteman

No entanto a Britânia fê-lo ao transferir ilegalmente 80% do território incluído no mandato aos árabes, de modo a criar mais um estado árabe: a Jordânia. Os Estados Unidos e a União Europeia querem agora fazer o mesmo e transferir ilegalmente a Samaria e a Judeia para um estado árabe reconhecido pela ONU/Suécia/América Latina ex nihilo: Palestina. Esses países querem violar a mesma lei internacional que invocam para justificar a sua quebra da lei – é uma incongruência.
Mas a maior incongruência vem de Israel: porque é que o Rosh Hamemshalat Medinat Yisrael permite esta injustiça; do que é que ele está à espera para restaurar a verdade? 

Incongruência #3
O Brasil, seguindo o exemplo de outros países da América Latina, acrescentou uma alínea à lei do homicídio (Art 121º do seu código penal), dando assim à luz ao “feminicídio”: o assassinato de uma mulher, por um homem, devido ao seu género e crimes cometidos contra as mulheres grávidas, raparigas com menos de 14 anos e mulheres acima dos 60. 
Nos países da América Latina, as mulheres são extremamente mal tratadas, contudo a violação do princípio da igualdade (i.e. todos os cidadãos são iguais perante a lei, independentemente da sua religião, raça, género, idade etc) não serve de desculpa, nem se mune dos meios apropriados, para resolver o problema da violência contra mulheres. 
A palavra homicídio implica ambos os géneros (e tudo o mais que esteja pelo meio), por isso porquê a criação deste termo discriminatório “feminicídio”? Bem, no caso do Brasil, serve para distrair o eleitorado (do qual as mulheres são uma larga fatia) da jornada em direcção ao abismo na qual a Presidente Dilma conduziu o país. 
O argumento “os críticos têm razão mas eles precisam de compreender que muitas mulheres morrem todos os dias vítimas de violência doméstica” é erróneo porque não discute a incapacidade para fazer cumprir a existente lei; e é inválida porque não apresenta argumentos válidos que justifiquem a violação do sacrossanto princípio de igualdade [um princípio capital defendido no Artigo 1º da Carta dos Direitos Humanos “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”]
A lei do “feminicídio” dita que uma mulher, devido ao seu género, tenha mais direitos que um homem (i.e. homens e mulheres não são iguais perante a lei); pré-julga que a intenção de matar baseada no género é de fácil prova; parte do princípio que o desprezo pelo ,e discriminação contra o, género feminino é comprovável (qualquer pessoa que faça perfis de abusadores, sabe que o homem abusivo é muitas vezes um psicopata que aparenta ser charmoso e de confiança, age cuidadosamente para não ser apanhado e manipula o cônjuge para se calar); e esta lei ingenuamente pressupõe que aqueles que exibem comportamentos anti-mulheres mudarão automaticamente o seu comportamento devido à existência desta nova alínea. 
Este termo incongruente “feminicídio” não só é demagógico como também ilegal – mas de novo, zombar da lei é a nova moda hoje em dia. Logo, o que estará brevemente na agenda...gaycídio, negrocídio, muçulmocídio?

“À superfície, uma mentira inteligível; no interior, uma verdade ininteligível." -- Milan Kundera
(in A Insustentável Leveza do Ser)

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