Relações Angola-Portugal: Arrogância Bacoca



A Confusão Mental de Rafael Marques

“Há uma história comum de 500 anos, em que Portugal escravizou e colonizou angolanos. Portanto a relação entre os dois povos nunca foi de amizade nem de interesses comuns. Sempre foi como Portugal entendeu.” - Rafael Marques de Morais

Adoro quando os povos torcem a história ao sabor do vento. Com as delimitações fronteiriças que hoje Angola detém, efectivamente, Portugal colonizou Angola durante 153 anos; leia-se correctamente os textos históricos, visto que aparentemente Rafael Marques de Morais não os compreendeu.

São Paulo da Assunção Luanda não era Angola e, mesmo essa ocupação durou mais ou menos 399 anos.

Quanto a escravizar os angolanos, não é tão linear quanto isso: as vendas e exportações de negros foram acordados com os reis locais que, inicialmente, queriam livrar-se de jovens causadores de problemas e finalmente, como o pagamento era bastante conveniente, o negócio floresceu e beneficiou todos (negreiros e reis africanos). Há um palácio em Luanda intitulado Dona Ana Joaquina que foi propriedade da maior escravocrata do século XIX em Angola: a mulherzinha era mestiça; logo, tanto ontem como hoje, os países e seus dirigentes estão todos implicados no tráfico de carne humana para terras longínquas. Sabem, a falta de escrúpulos não é somente apanágio do homem branco.

“O cerne da desgraça e da tragédia dos angolanos parte sempre de Portugal” - Rafael Marques 

Não há maior perfídia que esta; diria até que esta afirmação revela deturpação de carácter - a não ser que queira dizer que pelo facto dos angolanos continuarem a usar nomes de matriz portuguesa, eles ficaram mentalmente paralisados, e que precisam de mais 111 anos para retornarem à sua génese, da qual não existe documentação que a suporte.

A Idiotice Assolou a Arena Política

O ex-vice presidente angolano presumivelmente cometeu ilegalidades em Portugal e, os tribunais, justamente, entenderam estender a Manuel Vicente a cortesia de se defender em Sede própria; já que ele é inocente até prova em contrário.

Este procedimento judicial não é aceitável para os dirigentes angolanos porque estão convencidos de que há uma lei internacional com uma provisão moldada especificamente para si, onde se subscreveu que qualquer cidadão que tenha ocupado funções governamentais naquele país africano, e alegadamente desrespeitado a lei no ex-Império, goza de imunidade: jamais poderá ser questionado, ou julgado em terras lusas.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o Partido Socialista (PS) pertencem à Internacional Socialista (IS) e sabe-se o quão extenso é o braço desta última organização, mas felizmente o sistema judicial português – não duvido que contenha elementos de esquerda – é até à data livre de amarras e totalmente independente do poder legislativo. Portanto, Manuel Vicente poderá vir a ter a chance de se defender, se decidir respeitar a autoridade judicial portuguesa: comparecendo.

O acima descrito deixou os dirigentes angolanos agastados, de tal modo que o novo presidente angolano na sua tomada de posse lançou-se aos pés duma amálgama de países, excepto Portugal. Este tipo de política é típico dos ideólogos de esquerda, é um modus operandi esquizofrénico: o que conta é a infantilidade política em detrimento do bem-estar do povo.

O Que Realmente Se Diz Por Aí

Em certos círculos portugueses, a cor da minha pele é como o relógio do alentejano (umas vezes é de latão, outras vezes é de ouro...), e eu sou também conforme: umas vezes sou preta e outras vezes “você não é preta!” - neste caso, estando as pessoas entre iguais, elas sentem-se compelidas a expressar-se abertamente do seguinte modo:

“Os negros não se sabem governar; por mais que andem nas melhores escolas são previsíveis e o seu pensamento é orientado dum modo inculto; são obtusos devido à sua obstinação pela ideologia de esquerda mais corrosiva. Estando eles sobre o comando da esquerda e encorajados pela IS, os negros agressivamente fazem questão de exibir os seus “ganhos” lembrando-nos que a impunidade faz parte do lamaçal de costumes em África”

Ai, aquele discurso do presidente dos angolanos foi um ultraje à nação portuguesa, foi um repto que merece uma resposta em conformidade! Vejam só, uma nação formada por Portugal que há 41 anos está sob o jugo dum bando de polutos; maldita a hora em que um bando de ignorantes portugueses lhes ofertou Cabinda, mais valia tê-la devolvido aos donos originais!”

E fixaram-se alguns pares de olhos em mim, levando-me a pensar “Não tenho nada a ver com nada. Eu sou do Índico, meus mamparras” e embora faça jus à minha “poluição racial”, transformada em brancura Ad Hoc, não sou Portugal; sou simplesmente portuguesa, mas se pudesse falar pelo povo português diria:

  • Se Angola quer viver debaixo da ilusão que aquela amálgama de países lhe darão alguma importância, desengane-se. Na China, os estudantes negros eram popularmente designados por diabos negros; na Rússia diz-se não se permitirá a promiscuidade racial; quanto ao resto dos países europeus por ele mencionados, ó por favor...ordenharão a vaca e depois abandoná-la-ão à sua má sorte.
  • Acho que Angola deva fingir que não tem nenhuma identidade com Portugal, por isso, há que mudar os seus nomes de origem portuguesa (seja de sangue ou de aquisição por serventia) e adoptar os nomes bantus/congoleses originais.
  • Se Angola quer abandonar a CPLP acho que deva fazê-lo. De qualquer modo, o seu registo naquela organização não avançou nem política nem socialmente para o progresso dos povos dessa dita Comunidade.
  • Se Angola acha que Portugal não vale nada, então por favor vendam as vossas aquisições em Portugal e vão para Espanha em peso. De caminho, não venham passar férias para o Algarve, não venham a Portugal ostentar o dinheiro da vossa corrupção; por favor, levem os vossos Bancos, e negócios para esses países que tanto desejam abraçar. 
  • Por obséquio, Angola, não peça vistos de visita nem mesmo por motivos de saúde, ide para Espanha que o Aznar irá orientar-vos à maneira.
  • Angola, sinta-se livre de expulsar os 150.000 portugueses que gravitam no seu território. Se pretender nacionalizar também os seus negócios, esteja à vontade - depois logo se vê. Além disso, os coitados ainda não sabem que há mais mercados solarengos. Se tiverem que abandonar Angola (já aconteceu em Novembro de 1975) não irão morrer à fome.
  • Presidente angolano empossado, espero que nem o senhor nem a sua família tenham casa, propriedades ou fundos em bancos portugueses.
  • Angola, leve os seus truques de corrupção corrosiva para os países em cujos pés se jogou, e depois de cometer alguma ilegalidade exija por lá a imunidade perpétua; ou será emérita?
  • Como diríamos em Moçambique “suka suka daqui para fora e leva as tuas tralhas” se acha que Portugal merece desrespeito de um país que só existe porque muito português derramou o seu sangue nas mãos de holandeses, ingleses, alemães, chefes tribais e realeza congoleza.

Angola, se o desrespeito continuar quem irá sofrer é o povo angolano; pois este não pode emigrar em massa para: Inglaterra, Alemanha, França, Rússia, Itália, Coreia do Norte, China etc, etc.

Angola, Portugal tem mais de oitocentos anos de história e de experiência somos a nação da Europa mais antiga; pode parecer um país de gente de brandos costumes, porém quando toma uma decisão é a valer e por vezes a doer. Essa rapaziada portuguesa de etnia caucasiana pode ser redireccionada para outras paragens e começar de novo.

Caros Portugueses, vamos a ter calma, o presidente comunista de Angola não tem capacidade suficiente para arrestar a vontade do povo português; se angolanos pereceram em tempos idos, os portugueses também pereceram a lutar por aquela terra, e a maioria nem sequer queria ir para aquelas paragens: foram obrigados a partir e a lidar com toda a sorte de epidemias para que os detentores das Companhias enriquecessem. Se Angola não quer entender isto: ora bolas para ela..!

Até para a semana   

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

Comentários

  1. Olá Lenny,

    É uma pena que Angola não se aperceba de quão fútil esta "guerra diplomática" com Portugal é. Principalmente, porque Portugal sairá sempre a ganhar (seja por vias diplomáticas, oficiais; ou não...porque há muita gente interessada em fazer com que Portugal retorne aos tempos de glória perante a comunidade internacional).

    O teu "discurso" seria digno que um líder com fortitude testicular: mas aonde é que ele/ela está?

    Good job.

    Shabbat Shalom!

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    1. Olá, Max!
      Com a graça de D**s, esse alguém está algures em formação. Toda essa gente que nos governa tem algum interesse sórdido nesses países, por isso ninguém fará nada pelos povos per si.
      Essa gente de esquerda, não importa a cor da pele, parece esquecer que o povo português não foi tido nem achado na empreitada dos descobrimentos, não foi escolha sua ser enviado para o degredo em terras africanas, o povo não foi consultado quando os seus filhos foram coersivamente incorporados em campanhas militares no ultramar and so on.
      Portanto em matéria de sofrimento nenhum dos povos ganha ou perde mais que o outro.
      Shabbat Shalom, minha linda!

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  2. Se se querem armar em espertos fazemos-lhes a folha!

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    1. Olá Anónimo,

      "Fazer-lhes a folha", como assim? Espero que esteja a falar de medidas coercivas diplomáticas...

      Cumprimentos

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    2. Olá, Anónimo!
      Se os dirigentes angolanos querem permanecer incompetente e de vistas curtas usando Portugal como arma de arremesso, temos imensa pena do povo angolano; visto que deste lado existe expansão mental suficiente para fazer entender o Sistema de que os 150,000 que trabalham em Angola podem operar em outros mercados sem a pressão da estupidez nas suas vidas.
      "fazer-lhes a folha?" isso é para a cúpula angolana e seus acólitos, nós portugueses somos adeptos da racionalidade e busca de soluções para o povo português em Portugal ou no exterior; capisce?

      Cumprimentos

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  3. "Brancura ad hoc"? lol lol boa. As ex-colónias têm um grande potencial mas para que esse potencial se optimize é necessário que acabem com a vitimização que não leva a lado nenhum. Foram colonizados? Sim. Foi díficil? Para todos. Foram escravizados? Sim, mas por culpa dos chefes Africanos que os vendiam aos brancos, que claro aproveitaram a predisposição dos chefe tribais para venderem os seus irmãos - seguindo o exemplo daqueles que faziam o mesmo vendendo os 'manos' aos Árabes, na costa oriental. Now drop it.

    Esta conversa toda é contraproducente, e em nada ajudou no desenvolvimento do povo angolano. Pelo contrário, só abriu portas à disseminação da corrupção corrosiva (não é, Max?).

    Shabbat Shalom, Lenny - Kol Hakavod!

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    1. Olá, CCG!
      Ainda hoje se vendem negros para várias paragens em especial para o médio-oriente; perguntem aos países como Arábia Saudita, Qatar e Oman; quem são os negreiros? Os próprios blacks nos países africanos.
      Os negros aprenderam a cantiga da vitimização lá onde vão estudar e mudar de religião até a lenga-lenga dos 500 anos é a mesma: imagine-se.

      Shabbat Shalom, todah rabah, habibi!

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