Exploração Chinesa de Terra Rara e Aumento de Casos de Cancro em África


Há que fazer um esforço para terminar com o quase-monopólio do fornecimento de Elementos de Terra Rara (REE) Chinês. Existem reservas de REE praticamente em todo o mundo e no entanto a China conseguiu garantir para si a exploração destes minérios para travar uma Guerra do Engano Económico – com consequências terríveis (e.g Saúde Pública que é uma parte vital da Segurança Nacional de qualquer nação).

As Reservas Chinesas de Elementos de Terra Rara

Nos anos 80, do século passado, a China foi muito astuta ao aperceber-se da importância que os REE viriam a ter na indústria tecnológica; por isso, os Chineses começaram a desenvolver capacidades de exploração de terra rara e do seu processamento. O resultado foi óbvio: hoje, a China controla entre 85% e 95% do fornecimento Global – ainda que somente 23% das suas reservas tenham sido comprovadas (dados de 2012). As reservas de REE do Dragão Vermelho têm vindo a decair, mas no entanto conseguiu manter o quase-monopólio do seu fornecimento – como?

Diz-se que a China baniu as exportações de REE de modo a controlar os preços dos mercados, e assim ter vantagem sobre os outros Estados fornecedores; mas e se Beijing tiver imposto uma proibição nas exportações (até 2014) nem tanto por desonestidade mas para esconder a falta de reservas suficientes que satisfaçam a sede dos mercados mundiais? Esta idea vem do facto que ao mesmo tempo que a proibição, ou o sistema de quotas, estava em vigor a China havia estado a comprar REE da Coreia do Norte, da Gronelândia e das nações Africanas.

Usando África para Manter as “suas Reservas” em Alta

A China tem estado a explorar REE em África há já algum tempo. O Modus Operandi tem sido interessante: a China oferece-se para construir, ou modernizar, aeroportos Africanos através de companhias de construção e de engenharia chinesas – as mesmas empresas que se aproveitam da oportunidade para levar a cabo algumas prospecções de solo. Assim que a reservas de REE são identificadas, removem grandes quantidades de solo que depois são transportados em camiões até aos portos para serem enviados para a China, para ali serem processados.

Em 2004, Beijing começou a construir o novo aeroporto internacional de Luanda, na província do Bengo, a 55Km de Luanda. Estamos agora em 2018 e a construção do tal aeroporto não está nem perto do fim. Não obstante, testemunhas descrevem cenários interessantes: camiões saem das imediações do local da construção carregados de solo. As nossas fontes também nos disseram que o mesmo já aconteceu antes na área de Longonjo, na Província do Huambo, onde os chineses têm estado a operar sem grandes incómodos (fama est que Generais angolanos estejam envolvidos na pilhagem) – Longonjo também tem uma grande reserva de REE.

As empresas Chinesas têm estado a explorar Terra Rara no Quénia (onde a China construiu dois aeroportos, em Nairobi e em Kusumo), na Etiópia (a China construiu um aeroporto em Addis Ababa), em Moçambique (a China construiu um aeroporto em Maputo e agora está a construir outro em Gaza), na Tanzânia (a China construiu um aeroporto militar em Ngerengere, na região de Morogoro), nas Maurícias (a China modernizou o aeroporto a um custo de $260 milhões), no Mali (a China construiu o seu aeroporto em Bamako), na República do Congo (a China modernizou o aeroporto de Maya-Maya, em Brazaville), no Togo (a China financiou o novo aeroporto internacional Lomé-Tokoin), etc; e a transportar os elementos de uma forma descuidada – quais os efeitos desta minagem e trasporte irresponsáveis não só para o meio ambiente mas principalmente para a saúde da população local?

Aumento de Casos de Cancro nos Estados Africanos-Alvo

Não existem coincidências. Unir os pontos é o que fazemos de melhor: à medida que o negócio da Terra Rara em África foi despontando, paralelamente, o número de pessoas afectadas pelo Cancro (especialmente) da Mama e Cervical cresceu a ritmos estrondosos. Isto foi notado no Mali, em Moçambique, em Angola (onde 6 novos casos aparecem diariamente), no Quénia, nas Maurícias e na Etiópia, por exemplo – coincidência? Nunca.

A ganância Chinesa está a matar os Africanos aos poucos. A liderança Africana é cúmplice porque se tivesse um pingo de decência patriótica, ela faria exigências simples como: manuseamento responsável do REE (para proteger o meio ambiente e as Populações Africanas), refiná-los localmente (para gerar empregos para os locais e outros benefícios para a economia nacional) e pagar um imposto ambiental.

A China rege-se por um slogan: não fazemos ingerências nos vossos assuntos internos e vocês não se metem nos nossos. Contudo, isto não pode continuar a ser luz verde para a ganância, para a negligência grosseira e, como consequência, para o homicídio negligente. Quando é que a China começará a pagar pelos seus pecados?

O Globalismo e a Interdependência Económica trouxeram o pior dos humanos ao de cima: o relativismo (que fez com que as pessoas fechassem os olhos ao Mal). O mundo não continuará a fazer o Povo Africano sofrer em absoluta impunidade – isto não é uma ameaça mas sim uma promessa.


[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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